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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dengue no Brasil

Desde o início de 2010 até 1º de maio, a dengue já matou 321 pessoas no Brasil. Na história do país, esse número só é menor do que o registrado em todo o ano de 2008, quando a doença vitimou 478 pessoas. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, incluem os óbitos confirmados e os que ainda estão em investigação.
Os números do governo mostram ainda que este já é o ano com o maior número de casos. Foram 737 mil até agora, com 321 mortes. Com isso, 2010 contribui de forma decisiva para a pior década da dengue na história do Brasil.
Entre 1991 e 2000, foram 1,66 milhão casos da doença, que provocaram 41 mortes. Já entre 2001 e maio de 2010, a dengue afetou 4 milhões de brasileiros e causou 1.927 mortes.
Esse avanço do número de mortes é preocupante, segundo Giovanini Coelho, coordenador geral do Programa Nacional do Controle da Dengue, já que poderiam ser evitadas.
- O número de óbitos deveria ser bem menor, tendo em vista que eles podem ser evitados. Com um diagnostico precoce, você consegue mobilizar a rede de serviços para atender [o paciente].
Por que os surtos voltam?
O ministério diz que a atual epidemia da doença pode ser explicada, em parte, pela circulação do tipo 1 da dengue, que voltou a predominar em alguns Estados no final de 2009. No entanto, há outros motivos que justificam o aumento na gravidade do problema.
Para o infectologista José Carlos Serufo, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), existe uma série de erros no atual modelo de combate à dengue.
- Não é falta de dinheiro. O que falta é coordenação, porque as ações são muito municipalizadas e não acontecem ao mesmo tempo. Não se trata de verticalizar, mas de trabalhar um único momento em todos os lugares, ou os criadouros se expandem.
O Ministério da Saúde disponibilizou, como Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS), a quantia de R$ 1,02 bilhões para todo o ano de 2010 – o mesmo valor desde 2008. A verba é repassada a Estados e municípios para o combate de diversas doenças, em especial as de notificação obrigatória, como meningite, malária, doença de chagas, febre amarela e dengue. Segundo o governo, não é possível precisar o quanto foi efetivamente gasto no combate à dengue, já que a aplicação dos recursos fica a critério de cada Estado e município, conforme o cenário local.

Além dessa quantia, mais R$ 55 milhões serão investidos no combate à dengue, que se traduz no envio de inseticidas, medicamentos, equipamentos, veículos de fumacê, campanhas publicitárias, entre outros.



Como o combate à dengue envolve esforços de diversas áreas (das esferas federal, estadual, municipal, além da contribuição da população), Coelho diz que é “muito complicado" identificar um erro específico.
- A gente não consegue saber se é uma falha generalizada ou localizada.
Para ele, esse é o melhor modelo de combater à dengue em um país com as dimensões do Brasil. No entanto, Coelho reconhece que é uma estratégia muito difícil de ser executada.
E, como os esforços não conseguem deter os focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, o inseto começa a chegar a lugares que antes não atingia.
Se em 1995 ele estava presente em 1.753 municípios, hoje ele se encontra em 4.007 localidades, ou mais de 80% das cidades brasileiras.
O entomologista Rafael Freitas, do Instituo Oswaldo Cruz, ligado ao Ministério da Saúde, diz que no início da década não havia casos autóctones de dengue (contraídos no próprio local) em cidades como Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, cenário diferente de agora.
- Áreas até então livres do risco agora estão em risco também.
Falta participação maciça das comunidades
Além disso, a baixa participação da população contribui com o aumento de casos. Segundo Freitas, o controle da dengue não é obrigação exclusiva do governo.
- Muitas pessoas pensam que a dengue é culpa do governo, mas não é assim. A população é chave no combate ao mosquito. Temos que sensibilizar as pessoas para eliminar os criadouros possíveis.
Em uma cidade como o Rio de Janeiro, por exemplo, ele afirma que existem vários locais em que os agentes de saúde não conseguem entrar, como em favelas ou mesmo em alguns condomínios de luxo.
- Precisa muito da comunidade: o cara que cuida da sua casa, mas que olha em cima do muro e avisa o vizinho. Os municípios não têm um número de agentes para cobrir todas as casas, por isso precisa da comunidade.
Fonte : Extraído do portal de notícias R7.
http://noticias.r7.com/saude/noticias/em-quatro-meses-2010-se-torna-o-segundo-ano-com-maior-numero-de-mortes-por-dengue-20100711.html ( Acessado em 14/12/2010 )

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dengue no Estado do Rio de Janeiro

Na situação epidemiológica atual, o A. aegypti está presente em mais de 3.500 municípios brasileiros que correspondem a 26 estados. No ano de 2007 – até outubro, foram notificados 510.117 casos de dengue no país. Os estados com maior número de notificações foram: São Paulo – 78.614 (15,41%), Mato Grosso do Sul – 72.285 casos (14,17%), Rio de Janeiro – 55.467 (10,87%), Paraná – 46.231 (9,06%) e Minas Gerais – 38.996 (7,64%).
O estado do Rio de Janeiro em especial, fornece a esta doença, condições ambientais e climáticas favoráveis para a sua manifestação.
Analisando apenas o estado do rio de janeiro, no período de 1990 até 2007 através do gráfico abaixo (relação entre taxa de incidência e anos corridos), podemos notar que a incidência da doença nesse intervalo de tempo foi bastante variada, com alguns picos .



 O pico de maior relevância corresponde ao ano de 2002,e  tal diferença de dados de um ano para o outro pode ser explicada pela crise de casos da dengue do tipo 3(ou hemorragica),que chegou ao Brasil entre o ano de 2001/2002, sendo maior manifestada pela população no ano de 2002, gerando o aumento significativo como mostrado no gráfico acima,gerando o pico discutido e como já comentado anteriormente.A partir dos dados fornecidos pelo gráfico, pode-se realizar uma inferência,  no caso utilizou-se o método da regressão linear, logo abaixo.


São muitas a variáveis que podem ser levadas em consideração para o crescimento da doença, ainda mais em uma estado como o Rio de Janeiro, todos os dados são importantes, desde o aparecimento de novos sorotipos da doença, clima, aumento da urbanização, falta de incentivo às campanhas de saneamento dentre outros mais.

Dengue Hemorrágica

Fonte: http://www.combateadengue.com.br/?cat=12&paged=2
Acesso: 13/12/2010

O gráfico acima mostra dados referentes aos casos de dengue notificados no Brasil, do ano de 1990 até 2007.Como pode ser observado, no ano de 2002 houve um crescimento bastante significativo dos casos de dengue registrados, se comparados aos anteriores e posteriores à este ano.
Tal acontecimento, deve-se ao fato da tendencia de aumento da incidência e introdução de um novo sorotipo, a dengue do tipo 3 ou melhor conhecida como dengue hemorrágica.
Com a chegada da dengue hemorrágica no Brasil, o número de contágios e óbitos por esta doença elevaram-se ainda mais, provocando este aumento considerável como visto no gráfico.No Estado do Rio de janeiro, quase 290 mil pessoas contraíram a doença, e 91 pessoas morreram em todo o Estado, sendo 65 mortes e 138 mil casos somente na capital. Foi o ano com maior número de casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro.
 A dengue do tipo 3 é a mais perigosa, chamada dengue hemorrágica.Os sintomas são os mesmos da dengue comum.Apesar do nome "hemorrágica" o principal perigo da dengue tipo 3 não são os sangramentos, mas a pressão arterial muito baixa, o que leva a pessoa a sofrer um choque.Depois que a febre começa a diminuir, a pessoa pode sofrer: dor no fígado, tonteiras, desmaios, pele pegajosa, suor frio, sangramentos e etc. Se não for tratada, pode levar à morte.
Ainda no ano de 2002, o número de contágios e óbitos por esta doença, causaram um certo pânico no munícípio do Rio de Janeiro, fazendo com que pessoas que apresentassem os mesmos sintomas da doença, procurassem os postos de saúde e hospitais, afim de verificar sua situação, sendo que de todos os que se apresentavam aos postos e hospitais, apenas uma pequena  parte destes verdadeiramente eram portadores da doença propriamente dita, sendo outros portadores da doença clássica( tipo 1 - não hemorrágica ), e outros classificados como casos inconclusivos e alguns poucos como descartados(os dados obtidos a partir do ministério da saúde).
A  tabela e o gráfico abaixo mostram essas informações com detalhes:





História do Aedes Aegypti no Brasil

Vídeo criado pela prefeitura do Rio de Janeiro, contando a história do mosquito aedes aegypti no Brasil.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Histórico da Doença

O dengue é conhecido no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações.
O primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE). Até 1953, o dengue era considerado uma virose benigna, sem letalidade, até haver um surto de dengue hemorrágico nas Filipinas.
Em 1692, o dengue provocou 2 mil mortes em Salvador (BA), reaparecendo em novo surto em 1792.
Em 1846, o mosquito Aedes aegypti tornou-se conhecido quando uma epidemia de dengue atingiu o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Entre 1851 e 1853 e em 1916, São Paulo foi atingida por epidemias da doença. Em 1923, Niterói, no estado do Rio, lutou contra uma epidemia em sua região oceânica.
Em 1903, Oswaldo Cruz, então Diretor Geral da Saúde Pública, implantou um programa de combate ao mosquito que alcançou seu auge em 1909. Em 1957, anunciou-se que a doença estava erradicada no Brasil, embora os casos continuassem ocorrendo até 1982, quando houve uma epidemia em Roraima.
Em 1986, foram registradas epidemias nos estados do Rio de Janeiro, de Alagoas e do Ceará. Nos anos seguintes, outros estados brasileiros foram afetados.
No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira, em 1986-87, com cerca de 90 mil casos; e a segunda, em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, o dengue passou a ser registrado em todas as regiões do país. Em 1998 ocorreram 570.148 casos de dengue no Brasil; em 1999 foram registrados 204.210 e, em 2000, até a primeira semana de março, 6.104.
Atualmente, a dengue na forma hemorrágica está entre as dez principais causas de hospitalização e morte de crianças em países da Ásia tropical. Nas Américas, a primeira epidemia de dengue hemorrágico que se tem notícia ocorreu em Cuba, em 1981.
Fonte: http://www.combateadengue.com.br/?page_id=5
Acesso: 01/12/2010

Pergunta frequentes


Geral sobre a doença

1. A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue?
Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.
2. Qual é o principal mosquito transmissor da dengue?
É o mosquito Aedes aegypti.
3. É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas?
Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar seqüência no seu ciclo de vida.
4. Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?
O Aedes é parecido com o pernilongo comum, e pode ser identificado por algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de branco e possui hábito de picar durante o dia.
5. De onde veio o mosquito Aedes aegypti?
É originário da África Tropical característico de países com clima tropical e úmido, introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África.
6. Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue?
Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.
7. Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?
Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.
8. É possível distinguir a picada do Aedes aegypti com a de um mosquito comum?
Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.
9. Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença?
Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, também pode transmitir a dengue.
10. Todo Aedes transmite a dengue?
Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver contraído o vírus.
11. Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente?
É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.
12. Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está sendo possível fazer uma vacina contra dengue?
No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará imunização para outro.
13. Quais são os principais sintomas da dengue?
Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele. 14. Em quanto tempo os sintomas aparecem?
De três a quinze dias após a picada do mosquito infectado.
15. A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas? Não ter febre, por exemplo?
Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.
16. A pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte? Como saber a diferença?
Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e eventualmente realizando exames.
17. Quem teve Dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.
18. A partir de que momento deve-se procurar um médico?
A partir dos primeiros sintomas. 19. Qual é o tratamento para a doença?
A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.
20. Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como “Aspirina, Melhoral, AAS ?
Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.
21. Qual é o tempo de cura para dengue?
A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.
22. Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas?
Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.
23. Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica imune?
Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção, além do que, por um período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.
24. Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?
A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.
25. Por que ela é mais perigosa?
Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.
26. Qual é o tratamento?
Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue
.27. O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença?
Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.
28. Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?
Por características do sistema imunológico de cada um.
29. É verdade que o mosquito não pica à noite?
A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.
30. Que outros hábitos o Aedes tem?
O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.
31. É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?
Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.
32. Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?
As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.
33. Quanto tempo vive o Aedes?
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.
34. Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?
Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.
35. Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?
Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.
36. Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?
Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.
37. O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia?
Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.
38. O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto químico utilizado?
Sim, pode.
39. Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?
Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.
40. A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?
Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.
41. Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes?
A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.
42. Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?
Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.
43. Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?
Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.
44. Qual é a autonomia de vôo do mosquito?
O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.
45. A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos?
Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.
46. Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?
A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.
47. Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?
Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito.
Fonte:
Ministério da Saúde
CIVES: Centro de Informação dos viajantes – UFRJ
Manual OPAS 1978 – Informe Oficial

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Diagnóstico

O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos.
Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção.
Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças. Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.

Dengue Hemorrágica

Há três exames que podem ser utilizados identificar a dengue hemorrágica: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
Lembrete: A dengue hemorrágica deve ser diagnóstica rapidamente, pois se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Fonte: http://www.combateadengue.com.br/?page_id=20
Acesso: 25/11/2010